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Autódromo de Interlagos – 80 Anos

No dia 12 de maio de 2020, o Autódromo de Interlagos completou 80 anos de sua inauguração.

Pensando nessa data, a equipe Coffee Motors preparou um conteúdo especial. Confira abaixo.

Autódromo de Interlagos: A Inauguração

O primeiro autódromo de circuito fechado construído no Brasil foi projetado por Jean Romero Sanson, em 1931, e sua construção começou em 1939.

O Autódromo Municipal de São Paulo foi inaugurado oficialmente em 12 de maio de 1940, com corridas de motocicletas e automóveis, sendo chamado de Autódromo de Interlagos pela proximidade ao bairro de Interlagos.

Autódromo de Interlagos: Modificações

Em meados dos anos 1980, foi renomeado para homenagear o piloto de Fórmula 1 José Carlos Pace, falecido em 1977. Junto à sua construção há um kartódromo, o Kartódromo Municipal Ayrton Senna


O antigo traçado da pista era considerado um dos mais perfeitos, com suas dificuldades que impunham aos pilotos, em curvas de alta e baixa velocidades, e de raios muito diferentes e uma topografia que permitia ao público uma visibilidade de 80% da pista.

Reformado entre os anos de 1968 e 1970 para melhorias, a F1 só foi ter provas válidas para o campeonato mundial em 1973, após inúmeras modificações feitas para uma melhor segurança nas corridas. Até 1980, o autódromo recebeu o Grande Prêmio sucessivamente, com exceção de 1978 que aconteceu no Autódromo de Jacarepaguá.

Autódromo de Interlagos: Tempos Atuais

Em 1989, a Prefeitura de São Paulo, com o apoio da CBA, iniciou negociações para trazer de volta a Interlagos o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que havia sido transferido para Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Iniciou-se, assim, uma grande modificação que mudaria completamente o traçado do velho Interlagos. E, em 1990,  voltou para São Paulo onde continua até o presente momento, sendo realizado sucessivamente.


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Ayrton Senna

Dia 1º de maio, uma data que jamais será esquecida pelos fãs da Fórmula 1 e pelo povo brasileiro. Foi no dia 1º de maio de 1994 que nos despedimos do nosso grande e eterno herói das pistas, Ayrton Senna.

Por isso, a equipe da Coffee Motors preparou um conteúdo especial para rememorar uma pequena parte da história deste ícone do automobilismo mundial.

Ayrton Senna na Fórmula 1

A imagem deste brasileiro, considerado um dos maiores esportistas da história, é reconhecida nos quatro cantos do mundo.

Logo em sua segunda corrida na Fórmula 1, Ayrton Senna mostrou ao mundo que não era um piloto comum. Chegou em 6º e marcou seu primeiro ponto na principal categoria do automobilismo mundial, em uma das provas mais cansativas de sua carreira.

Vindo de categorias em que a maioria das corridas não ultrapassava os 30 minutos de duração e tendo completado apenas oito voltas na sua corrida de estreia na F1, Senna cumpriria pela primeira vez uma a distância equivalente a duas horas de prova.

“Tinham me falado que eu era o sétimo e tinha ficado decepcionado depois desse esforço todo. Antes da metade da corrida, o carro já estava impossível (de guiar). Tinha um peso no volante e foi a corrida inteira assim. O motor falhava ainda e aí eu diminuí a potência dele para não quebrar. Eu queria que a corrida terminasse antes da metade porque eu não aguentava mais”, relatou Ayrton, que estava feliz com o primeiro dos seus 614 pontos na Fórmula 1.


Ayrton Senna na Lotus

Após a estreia pela Lotus no Grande Prêmio do Brasil, em Jacarepaguá, “boas” condições climáticas esperavam por Ayrton Senna, em Portugal, com sua Lotus 97T. Senna cravou a marca de 1min21s007.

Era a sua primeira pole na categoria, e Ayrton Senna não deu chances a ninguém, vencendo de ponta a ponta sob um temporal que levou 13 dos 26 pilotos que largaram a cometer rodadas espetaculares. Senna iria para nove pontos no campeonato e empatava com a Alain Prost.

Ayrton Senna na McLaren

Em 1988 era grande a expectativa da estreia de Ayrton Senna pela McLaren, equipada com o mesmo motor Honda da Williams e da Lotus, mas com um conjunto que poderia, enfim, mantê-lo rápido por toda a prova.

A corrida no circuito de Adelaide era a primeira de Ayrton Senna como campeão do mundo. Duas semanas antes, o brasileiro havia feito história em Suzuka, após uma vitória heroica, vindo de trás do pelotão com várias ultrapassagens, para conquistar o título com uma corrida de antecedência para o final da temporada de 1988.

O clima na McLaren ainda era festivo na Austrália, principalmente pela temporada perfeita com 14 vitórias entre as 15 etapas disputadas até ali.

Essa foi a 29ª pole position de Senna na carreira e a 13ª no ano em 16 Grandes Prêmios, um recorde na categoria e que somente seria batido por Nigel Mansell, em 1992.


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Senna Vs Prost

Em 1989, a briga pelo campeonato teve seu capítulo final no circuito de Suzuka, no Japão. Ayrton Senna chegou com 60 pontos “válidos” (apenas os 11 melhores resultados contavam): na largada, Prost tracionou melhor e fez a primeira curva na frente, com Ayrton em segundo.

A diferença entre os dois durante mais de 40 voltas foi praticamente no visual: era uma corrida à parte dos demais, assim como foi durante toda a temporada.

Na 47ª volta, Senna armou o bote na chicane antes da entrada da reta dos boxes, colocando sua McLaren por dentro da curva, mas o francês acabou “fechando” a porta antes mesmo da tomada da primeira perna da chicane. Ambos se tocaram. Alain Prost ficou de fora. Ayrton Senna pediu ajuda dos fiscais de pista para retornar à prova e voltou à pista.

Assim, Senna recebeu a bandeira quadriculada na volta 53 e se emocionou muito no carro: o título seria decidido na última prova.

Os cartolas da Fórmula 1, no entanto, ratificaram a punição ao brasileiro que acabou nem subindo ao pódio. Alain Prost ficou com o título da temporada em sua despedida da McLaren. Uma temporada que não precisava terminar ali, mas terminou.

Mas, em 1990, Senna daria o troco vencendo o campeonato – e de uma maneira que seria, de certa forma, a redenção por sua injusta punição no ano anterior, e o tão esperado duelo entre Ayrton Senna e Alain Prost não passou de 800 metros e 9 segundos de corrida. Logo na primeira curva, os pilotos se enroscaram e saíram juntos pelo escape de terra do circuito de Suzuka.

Senna Vs Mansell

Em 1991, pelo quinto ano consecutivo, o resultado da prova de Suzuka definiria o campeão mundial da temporada. Ayrton Senna se envolveu diretamente em quatro dessas disputas.

Em 1988 e 1990, o brasileiro saiu com o título. Apenas em 1989, Senna não foi campeão. E uma importante diferença em 1991 era o rival da disputa: dessa vez, com Nigel Mansell, da Williams, na largada, as posições se mantiveram iguais. Até a nona volta, Berger abriu quase 10 segundos de vantagem sobre Senna, que segurava Mansell.

Na nona volta, o “Leão” embutiu na McLaren de Ayrton, tentando se aproximar ao máximo para fazer a ultrapassagem naquela volta, mas acabou exagerando. Chegou forte demais na primeira curva do circuito, passou reto e ficou preso à caixa de brita.

Com isso, o inglês deu adeus às suas chances de conquista. O triunfo em Suzuka foi tão completo que Mansell esperou Senna descer no carro, no final da prova, para dar um abraço sincero e de muita desportividade no brasileiro. Ayrton se consagrava como o tricampeão mundial mais jovem da história da Fórmula 1, com 31 anos.

Ayrton Senna – GPs Disputados

Senna teve 161 GPs disputados, com 65 pole positions, 41 viórias, 2.982 voltas na liderança, 19 voltas mais rápidas e foi 3 vezes campeão mundial.

1984 – Toleman TG183B e a TG184 – 9º lugar / 0 vitórias / 13 pontos

1985 – Lotus 97T – 4º lugar / 2 vitórias / 38 pontos

1986 – Lotus 98T – 4º lugar / 2 vitórias / 55 pontos

1987 – Lotus 99T – 3º lugar / 2 vitórias / 57 pontos

1988 – McLaren MP4/4 – Campeão mundial / 8 vitórias / 94 pontos

1989 – McLaren MP4/5 – 2º lugar / 6 vitórias / 60 pontos

1990 – McLaren MP4/5B – Campeão mundial / 6 vitórias / 78 pontos

1991 – McLaren MP4/6 – Campeão mundial / 7 vitórias / 96 pontos

1992 – McLaren MP4/7 – 4º lugar / 3 vitórias / 50 pontos

1993 – McLaren MP4/8 – 2º lugar / 5 vitórias / 73 pontos

1994 – Williams FW16 – Sem pontos / 0 vitórias / 0 pontos


Ayrton Senna – A Despedida

Foi no GP de San Marino que Senna acelerou sua Willians FW16 no que seria a sua última corrida. Esse modelo não contava com freios ABS, controle de tração e suspensão inteligente, itens que fizeram o modelo de 1993 um dos mais competitivos da temporada.

Em 1994, de acordo com o próprio Ayrton Senna, o carro era muito veloz, no entanto, extremamente difícil de guiar. No domingo, 1º de maio, no início da corrida, um acidente na curva Tamburello matou o tricampeão mundial Ayrton Senna. O mesmo entrou na curva Tamburello e perdeu o controle, seguindo reto em direção aos muros laterais e chocando-se violentamente a 200 km/h. Atendido prontamente na pista, foi transferido para o hospital, onde, poucas horas depois, foi declarado como morto. Era o ponto final do atleta e o começo de um majestoso legado.

Ayrton Senna – Legado

No seu esporte, as marcas deixadas são incontáveis. Em 1990, o Autódromo de Interlagos passou por uma mudança radical no seu traçado e foi proposta uma curva inclinada para ligar a reta dos boxes à curva do sol. Ayrton não perdeu a oportunidade e propôs que um “S” fizesse a ligação, numa clara alusão ao sobrenome tão adorado pelos brasileiros. Sua morte trouxe novas normas de segurança para a F1.


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Chevrolet Chevette: História e Versões do Clássico Compacto da GM

No dia 24 de abril, celebramos mais um aniversário do icônico Chevrolet Chevette, um dos modelos mais populares já produzidos pela General Motors no Brasil. Lançado em 1973, o Chevette conquistou o público brasileiro com seu estilo compacto, economia e robustez mecânica.

Neste artigo, vamos relembrar a trajetória do Chevette, seus principais marcos e versões, além de curiosidades que fazem dele um verdadeiro clássico nacional.

O Início do Projeto Chevette

O projeto do Chevette no Brasil começou em 1970, como parte da estratégia global da GM para lançar um carro compacto e acessível em diversos mercados. Em 1971, já havia protótipos em testes e, em abril de 1973, o modelo foi oficialmente lançado.

Principais características do primeiro Chevette (1973):

  • Sedã de duas portas
  • Motor 1.4L, com 68 cv a 5.800 rpm
  • Comando de válvulas no cabeçote, acionado por correia dentada
  • Cabeçote com fluxo cruzado
  • Virabrequim com cinco mancais, proporcionando maior durabilidade

Apesar do porte compacto (4,12 m de comprimento e 1,57 m de largura), o Chevette oferecia bom espaço no porta-malas e desempenho satisfatório para sua época.

Desempenho inicial:

  • 0 a 100 km/h em 19 segundos
  • Velocidade máxima: 140 km/h
  • Consumo médio: 10,4 km/l

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A Evolução do Chevette no Brasil

Ao longo de seus 20 anos de produção, o Chevette passou por diversas evoluções mecânicas e visuais, com o lançamento de diferentes motores e versões, o que o manteve competitivo e querido pelo público.

Motores oferecidos:

  • 1.0 litro (versão Júnior)
  • 1.4 litro
  • 1.6 litro
  • Combustíveis: gasolina e álcool

Versões do Chevrolet Chevette

O Chevette teve inúmeras versões ao longo dos anos, desde modelos básicos até esportivos e edições especiais. Confira as principais:

Versões regulares:

  • Luxo (1973–1977)
  • Especial (1975–1980)
  • GP (1976 e 1978)
  • GP II (1977)
  • SL (1976–1990)
  • S/R (1981–1982) – versão esportiva
  • SE (1987)
  • SL/E (1988–1990)
  • DL (1991–1993)
  • Júnior (1992) – com motor 1.0
  • L (1993) – versão de entrada na reta final

Edições especiais:

  • País Tropical (1976)
  • Jeans (1979)
  • Ouro Preto (1982)

Chevette: Popularidade e Encerramento da Produção

Durante duas décadas, o Chevette acumulou uma legião de fãs e tornou-se referência entre os compactos nacionais. Foram mais de 1,6 milhão de unidades produzidas entre 1973 e 1993.

A última unidade saiu da fábrica da GM em 12 de novembro de 1993, encerrando oficialmente a produção do modelo no Brasil.

Mesmo após o fim da produção, é comum ver Chevettes ainda em circulação, usados tanto como carros do dia a dia quanto em projetos de restauração, customização e até mesmo em competições.


Manuais do Proprietário do Chevrolet Chevette

Confira os manuais do proprietário de alguns anos do Chevrolet Chevette que disponibilizamos para download gratuito aqui no blog da Coffee Motors:


FAQ – Perguntas Frequentes sobre o Chevrolet Chevette

1. Quando o Chevette foi lançado no Brasil?

Em abril de 1973, como um sedã compacto de duas portas com motor 1.4.

2. Quais foram as versões esportivas do Chevette?

As principais foram a GP, GP II e a S/R, esta última com visual e desempenho mais agressivos.

3. O Chevette teve motor a álcool?

Sim, houve versões com motor 1.4 e 1.6 movidas tanto a gasolina quanto a álcool, especialmente a partir dos anos 1980.

4. Qual foi a versão mais básica do Chevette?

A versão L (1993) foi a mais simples, lançada no último ano de produção. Também vale destacar o Júnior (1992), com motor 1.0, voltado para economia.

5. Quantas unidades do Chevette foram produzidas?

Foram cerca de 1,6 milhão de unidades fabricadas no Brasil ao longo de 20 anos.

Conclusão

O Chevrolet Chevette foi mais do que um simples carro compacto. Ele representou a democratização do automóvel no Brasil, com um modelo acessível, confiável e com ótimo custo-benefício. Sua trajetória de sucesso se reflete até hoje na paixão de colecionadores e entusiastas que preservam e restauram esse clássico das ruas brasileiras.

Seja nas versões populares ou esportivas, o Chevette deixou um legado de versatilidade, resistência e carisma que poucas marcas conseguiram repetir.


Confira também:

Linha Coffee Motors: Estampas de Chevette

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Gurgel: O Verdadeiro Carro Brasileiro – História, Modelos e Legado

No dia 26 de março, celebramos o Dia Nacional do Gurgel, data dedicada a uma das marcas mais emblemáticas da indústria automotiva brasileira. Criada por João Augusto do Amaral Gurgel, a Gurgel representa o sonho de um carro 100% nacional, desenvolvido com engenharia própria e foco na realidade do Brasil.

Neste artigo, vamos conhecer a trajetória da Gurgel, seus principais modelos, inovações e o legado deixado por essa visionária montadora brasileira.

Quem foi João Gurgel?

João Gurgel foi engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e visionário da indústria nacional. Em 1960, iniciou sua atuação no setor automobilístico com o projeto do Gurgel Jr., um minicarro com motor de 3 cv, com mais de 500 unidades produzidas, grande parte delas exportadas para EUA e Alemanha.

Em 1964, lançou o Mokart SS, um kart de alta performance que conquistou vitórias em campeonatos nacionais. No mesmo ano, fundou a Macan Veículos Ltda., revendedora da Volkswagen, o que seria o ponto de partida para a criação de seus primeiros carros.

Primeiros Modelos da Gurgel

Aproveitando sua experiência com moldagem plástica e o acesso a peças Volkswagen, Gurgel desenvolveu veículos esportivos sobre plataformas VW encurtadas.

Destaques apresentados no Salão do Automóvel de 1966:

  • Ipanema
  • Enseada
  • Xavante

Esses modelos marcaram a transição da Macan para uma nova era. Em 1969, nascia oficialmente a Gurgel Veículos Ltda., que passou a operar com apoio financeiro da Macan.


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Primeiros lançamentos da nova marca:

  • Gurgel Luxo
  • Gurgel QT (Qualquer Terreno) – o primeiro jipe leve da marca

Todos utilizavam mecânica Volkswagen, mas com carroceria e chassi desenvolvidos pela Gurgel.

A Inovação do Chassi Plasteel

Nos anos 1970, a Gurgel deu um passo importante na engenharia automotiva brasileira: o desenvolvimento do chassi Plasteel.

Características:

  • Estrutura feita com tubos de aço
  • Revestimento externo e interno em fibra de vidro
  • Maior leveza, resistência e durabilidade
  • Resistente à ferrugem

Esse novo conceito foi aplicado com sucesso no modelo Xavante, tornando a Gurgel menos dependente das grandes montadoras e mais inovadora em seus próprios projetos.

Os Modelos Mais Icônicos da Gurgel

Gurgel X12

Um dos maiores sucessos da marca. Existiram várias versões, como:

  • X12 TR
  • X12 RM
  • X12 M

Gurgel X15

Jipe maior, mais robusto e preparado para cargas e terrenos difíceis.

Gurgel G15 L

Um modelo mais voltado ao uso urbano, com visual semelhante ao X12.

Gurgel XEF

Primeiro minicarro urbano da marca, com design futurista.

Gurgel Carajás

Lançado em 1984, foi o maior carro produzido pela Gurgel: um jipe moderno, espaçoso e resistente, pensado para o mercado off-road.

Projeto CENA e o BR-800: O Carro 100% Brasileiro

O grande sonho de João Gurgel era criar um carro nacional, econômico e acessível. Assim nasceu o Projeto CENA (Carro Econômico Nacional).

Em 1987 foi apresentado o protótipo 280M, com:

  • Motor de 2 cilindros horizontais opostos
  • 650 ou 800 cm³, refrigerado a água
  • Baixo consumo e custo de produção

Em 1988, o modelo foi lançado como Gurgel BR-800, sendo o primeiro carro genuinamente brasileiro, com projeto, carroceria e chassi 100% desenvolvidos no país.


Manuais do Proprietário do Gurgel

Confira os manuais do proprietário de alguns modelos do Gurgel que disponibilizamos para download gratuito aqui no blog da Coffee Motors:


O Supermini e o Fim da Gurgel

Com dificuldades financeiras, a Gurgel lançou em 1992 o Supermini, uma evolução do BR-800 com design mais moderno, motor mais eficiente e acabamento aprimorado. Ainda assim, as vendas não foram suficientes.

Fatores que contribuíram para o declínio:

  • Falta de apoio governamental
  • Concorrência com carros importados
  • Mercado fechado e limitado

Em junho de 1993, a Gurgel entrou em concordata e, após pedido negado de financiamento de US$ 20 milhões ao governo federal, a empresa foi oficialmente declarada falida em 1994.

Mesmo após a falência, a fábrica permaneceu ativa até setembro de 1996, finalizando os últimos projetos:

Últimos modelos:

  • Supermini 1995
  • Motomachine – um minicarro urbano pensado como solução de mobilidade para grandes cidades

O Legado da Gurgel

João Gurgel morreu em 2009, mas deixou um legado inspirador:

Primeira montadora 100% nacional
Projetos inovadores com materiais leves e resistentes
Luta pela independência tecnológica da indústria brasileira
Inspiração para novos projetos automotivos alternativos

Hoje, os modelos Gurgel são valorizados por colecionadores e restauradores que reconhecem sua importância cultural, técnica e histórica.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Gurgel

1. Quem foi João Gurgel?

Engenheiro e fundador da Gurgel Veículos, foi um pioneiro na indústria automotiva nacional com projetos próprios e independentes das grandes montadoras.

2. O que foi o BR-800?

O BR-800 foi o primeiro carro com projeto 100% brasileiro, pensado para ser acessível, econômico e urbano, lançado em 1988.

3. Por que a Gurgel faliu?

A empresa não recebeu apoio governamental, enfrentou dificuldades com a abertura do mercado e não conseguiu competir com os carros importados da época.

4. Os carros da Gurgel são colecionáveis?

Sim! Muitos modelos, como o X12, Carajás e BR-800, são procurados por colecionadores e entusiastas da história automotiva nacional.

5. O que foi o projeto CENA?

O Carro Econômico Nacional foi um projeto da Gurgel para criar um carro urbano barato, resistente e totalmente brasileiro. O resultado foi o BR-800.

Conclusão

A Gurgel representa o sonho de independência tecnológica brasileira. Com coragem e inovação, João Gurgel enfrentou os gigantes da indústria e criou carros adaptados à realidade do país, acessíveis, resistentes e com design nacional.

Mesmo após décadas do encerramento da marca, seus modelos continuam sendo lembrados com respeito e admiração por entusiastas e defensores da engenharia brasileira.


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Mil Milhas do Brasil 2020

No último fim de semana (dias 15 e 16 de fevereiro de 2020) a equipe da Coffee Motors marcou presença nas Mil Milhas do Brasil 2020, evento que aconteceu no Autódromo de Interlagos na cidade de São Paulo.

Nossa equipe registrou diversas imagens dos bastidores da prova para compartilhar com quem compartilha das mesmas paixões que nós (carros antigos e automobilismo).

Confira um pouco sobre a história das Mil Milhas no Brasil e as fotos do evento abaixo.

A História das Mil Milhas do Brasil

Começaram a se desenvolver em 1954 as grandes corridas de Interlagos, ano do IV centenário da cidade de São Paulo. Tivemos o Grande Premio São Paulo, vencido pelo grande piloto Juan Manuel Fangio, e também foi realizada as Mil Milhas do IV centenário, que Celso Lara Barberis saiu vencedor. Essa prova deu origem as Mil Milhas Brasileiras, disputadas pela primeira vez 1956, uma corrida de resistência e velocidade com carros de turismo melhorados (as chamadas “Carreteras”) nacionais e importados que ajudavam no desenvolvimento técnico das industrias de auto-peças.

Após 12 anos desde sua última edição (2008), volta o clima de prova de longa duração do automobilismo brasileiro, com a corrida Mil Milhas.

Mil Milhas do Brasil 2020

Os promotores Elione Queiroz e a Fasp (Federação de Automobilismo do Estado de São Paulo) formaram parceria para trazer de volta uma prova com a duração de aproximadamente 11 horas, na madrugada de sábado (15) para domingo (16). 


A largada foi marcada para a meia-noite do sábado (15) com a previsão de 373 voltas no circuito de 4.309 metros de extensão para completar as 1.000 milhas, equivalente a 1.609 quilômetros. O limite de duração da prova é de 11 horas. 

Nas Mil Milhas do Brasil, os carros estão classificados em 13 categorias, sendo uma geral e outras 12, que vão desde protótipos que disputam o Brasileiro de Endurance de até 800 cavalos até os Spyder com motor AP de 180 cavalos, passando por vários outros modelos do Turismo Nacional com motores até 2 litros aspirados ou turbinados. 

O Regulamento Técnico e Desportivo das Mil Milhas do Brasil pode ser verificado no site oficial da FASP

O público teve entrada franca, podendo assistir das arquibancadas descobertas sem qualquer custo

Imagens dos Bastidores das Mil Milhas do Brasil 2020


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Confira, abaixo, o resultado final das Mil Milhas do Brasil 2020:

1º Esio Vichiese/Renan Guerra/Stuart Turvey, Ginetta G55, 360 voltas em 11h1’00”312;
2º Leandro Ferrari/Flávio Abrunhoza/Marcelo Brisac/Renato Braga, Mercedes AMG GT4, a 5 voltas;
3º Gustavo Simon/Rafael Simon/Rafael Cardoso/Sérgio Cardoso, MRX, a 51 voltas;
4º José Vilela/Pipa Cardoso/Tinoco Soares, Spyder, a 107 voltas;
5º Ciro Paciello/Álvaro Vilhena/Evandro Camargo, GM Omega, a 125 voltas;
6º Marcelo Servidone, Luiz Finotti, Jorge Machado, Tubarão, a 168 voltas;
7º Ney Faustini/Ney de Sá/Marcos Philippi, GM Cobalt, a 183 voltas;
8º Sérgio Martinez/Eduardo Pimenta/Luiz Oliveira, Spyder, a 247 voltas;
9º Ricardo Rodrigues/Marcos Cassoli/Valter Barajas, GM Astra, a 325 voltas;
10 Carlos Antunes/Yuri Antunes/Lucas Marotta/Mauro Auricchio, MRX, a 332 voltas;
11 Edras Soares/Juarez Soares/Leandro de Almeida, GM Vectra, a 336 voltas;
12 Mauro Kern/Paulo Sousa/Tiel de Andrade, MCR Tubarão, a 337 voltas.

Leia mais sobre as Mil Milhas do Brasil 2020 no site oficial da FASP.


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