Em 1974, apenas um ano após seu lançamento na Alemanha, o Volkswagen Passat chegou ao Brasil como um marco de modernidade para a marca. Com linhas aerodinâmicas, tração dianteira e motor refrigerado a água, ele rapidamente conquistou o público brasileiro.
Ao longo de 14 anos de produção, o Passat passou por diversas transformações que o tornaram um dos modelos mais completos e versáteis da Volkswagen no país.
Neste artigo, vamos relembrar toda a trajetória do Passat no Brasil, suas versões, evoluções, curiosidades e impacto no mercado.
O Lançamento do Passat no Brasil (1974)
O Passat desembarcou no Brasil em 1974, estreando com carroceria fastback de duas portas nas versões L e LS. A grande inovação era o conjunto técnico:
- Chassi monobloco, raro na época entre os modelos nacionais.
- Tração dianteira e motor refrigerado a água, com 1.500 cc e 65 cv.
- Freios com circuito duplo diagonal, aumentando a segurança ao evitar perda total de frenagem em caso de falha em um dos eixos.
Era um carro com espírito moderno, que contrastava com os projetos antiquados ainda populares no país.
Evoluções e Versões do Passat ao Longo do Tempo
1975–1977: Novas portas, novo motor e o esportivo TS
- Em 1975, o Passat passou a oferecer versões com quatro portas (LM e LS).
- Em 1976, surgiram o Passat TS, com motor 1.6 de dupla carburação importada da Alemanha, e a inédita opção de três portas.
- Em 1977, foi a vez do modelo de cinco portas, feito principalmente para exportação.
1978: O “Iraquiano” e o Surf
- O destaque foi o Passat LSE, conhecido como “Iraquiano”, com motor 1.6, frente com quatro faróis redondos, ar-condicionado, console central e acabamento mais sofisticado.
- Surgiu também o Passat Surf, voltado ao público jovem. Era uma versão simplificada, com motor 1.5, visual mais despojado (para-choques, frisos e espelhos pretos), e bancos com encosto alto. Era uma alternativa mais barata, sem perder o estilo.
1979–1982: Estilo Audi e Passat a Álcool
- Em 1979, o visual do Passat foi atualizado com frente inspirada no Audi 80, faróis retangulares, para-choques mais retos com ponteiras plásticas e novo estofamento.
- A versão TS ganhou faixa preta lateral e dividiu a nova frente com o LSE.
- Surgiu o Passat a álcool, o segundo veículo movido a etanol no Brasil, seguindo o Fiat 147.
1983–1985: GTS Pointer e novas nomenclaturas
- Em 1983, o Passat foi reestilizado mais uma vez, adotando quatro faróis retangulares em molduras.
- A versão TS foi rebatizada de GTS, e surgiu também a GLS.
- Em 1984, todas as versões ganharam nomes complementares:
- Special (básica)
- Village (antiga LS)
- GTS Pointer (com motor 1.8 do Santana)
- LSE Paddock (topo de linha)
- A motorização 1.5 foi aposentada, dando lugar ao 1.6 MD-270.
- Em 1985, o modelo recebeu para-choques envolventes, novas lanternas traseiras frisadas e painel redesenhado. A caixa de câmbio passou a ter 5 marchas, modernizando ainda mais o modelo.
1986–1988: O fim da linha
- Em junho de 1986, uma remessa de unidades do Passat Iraquiano excedente (não exportadas) foi vendida no Brasil com ótimo custo-benefício. Essas versões contavam com bancos Recaro, ar-condicionado de série e acabamento superior.
- A produção nacional do Passat foi encerrada em 1988, dando lugar a projetos mais modernos dentro da linha Volkswagen, como o Santana.
Manuais do Proprietário do Volkswagen Passat
Confira os manuais do proprietário de alguns anos do Volkswagen Passat que disponibilizamos para download gratuito aqui no blog da Coffee Motors:
Curiosidades sobre o Passat Brasileiro
- O Passat foi o primeiro Volkswagen nacional com tração dianteira.
- Era um dos carros com melhor comportamento dinâmico dos anos 70 e 80.
- Foi muito utilizado em competições de rali e track day, especialmente nas versões TS e GTS Pointer.
- O “Passat Iraquiano” se tornou cultuado por colecionadores, por unir robustez, conforto e um toque de exclusividade.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre o Passat no Brasil
1. Quando o Passat foi lançado no Brasil?
Em 1974, apenas um ano após seu lançamento na Alemanha.
2. Qual foi a principal inovação do Passat?
Tração dianteira, motor refrigerado a água e construção em chassi monobloco — tecnologias avançadas para o padrão da época.
3. O que foi o “Passat Iraquiano”?
Uma versão LSE feita para exportação ao Iraque, mas que teve parte das unidades vendidas no Brasil entre 1986 e 1987, com acabamento premium e bom custo-benefício.
4. Quais versões esportivas o Passat teve?
O Passat TS, lançado em 1976, e o GTS Pointer (a partir de 1983), com visual esportivo e motores mais potentes.
5. Quando o Passat deixou de ser fabricado no Brasil?
A produção nacional do Passat foi encerrada em 1988, encerrando um ciclo de inovação e sucesso da Volkswagen no país.
Conclusão
O Passat foi mais do que um carro moderno: ele representou a virada da Volkswagen rumo à tecnologia de ponta e ao conforto para o motorista brasileiro. Suas inúmeras versões, apelo jovem, confiabilidade mecânica e visual sempre atualizado fizeram dele um verdadeiro ícone nas ruas do Brasil durante os anos 70 e 80.
Até hoje, o Passat nacional é valorizado por colecionadores e entusiastas, não apenas por sua importância histórica, mas também por seu desempenho e estilo atemporal.
Confira também:
Linha Coffee Motors: Estampas de Passat
Se você, assim como nós da equipe Coffee Motors, é fã do Passat, não pode deixar de conferir a Edição Especial de Produtos com a estampa Passat Old School, produzidas pela Coffee Motors, em parceria com o artísta Íbis Roxane e com a Roxane Baumont, disponível no site Colab55.
Manuais do Proprietário de Carros Antigos
Conteúdos mais recentes – Blog Coffee Motors
Você precisa fazer login para comentar.